ATA DA DÉCIMA OITAVA REUNIÃO
ORDINÁRIA DA SEGUNDA COMISSÃO REPRESENTATIVA DA DÉCIMA SEGUNDA LEGISLATURA, EM
22.07.1998.
Aos vinte e dois dias do mês
de julho do ano de mil novecentos e noventa e oito reuniu-se, no Plenário
Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Comissão Representativa da Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às nove horas e trinta minutos foi realizada a
chamada, sendo respondida pelos Vereadores Carlos Garcia, Fernando Záchia, João
Dib, Juarez Pinheiro, Luiz Braz e Renato Guimarães, Titulares. Ainda, durante a
Reunião, compareceram os Vereadores Anamaria Negroni, Clovis Ilgenfritz, Eliseu
Sabino e Isaac Ainhorn, Titulares, e Pedro Américo Leal, Não-Titular.
Constatada a existência de “quorum”, o Senhor Presidente declarou abertos os
trabalhos e determinou a distribuição em avulsos de cópias das Atas da Décima
Quarta e da Décima Quinta Reuniões Ordinárias e da Ata Declaratória da Décima
Sexta Reunião Ordinária que, juntamente com a Ata Declaratória da Décima
Primeira Reunião Ordinária e as Atas da Décima Segunda e da Décima Terceira
Reuniões Ordinárias, deixaram de ser votadas face à inexistência de “quorum”
deliberativo. À MESA foram encaminhados: pelo Vereador Carlos Garcia, 04
Pedidos de Providências; pelo Vereador João Dib, 01 Pedido de Providências.
Ainda, foram apregoados os seguintes Ofícios, do Senhor Prefeito Municipal de
Porto Alegre: de nº 298/98, informando que o Vice-Prefeito Municipal, Senhor
José Fortunati, deverá ausentar-se do Município nos dias vinte e quatro e vinte
e cinco de julho do corrente, para participar de Debate Público sobre “Eleição
Direta para Conselheiro Tutelar”, na Câmara Municipal de Santa Maria/RS; de nº
299/98, informando que o Vice-Prefeito Municipal deverá ausentar-se do
Município no dia dezesseis de julho do corrente, para participar da cerimônia
de lançamento da “Edição 500 do Jornal O FLORENSE”, no município de Flores da
Cunha/RS; e de nº 305/98, informando que deverá ausentar-se do Município nos
dias dezoito e dezenove de julho do corrente, para participar do “VI Fórum de
Governantes das Cidades Metropolitanas”, na cidade de Curitiba/PR. Do
EXPEDIENTE constaram: Ofícios nºs 293, 294, 295 e 296/98, do Senhor Prefeito
Municipal de Porto Alegre; 01/98, do Vereador Nereu D'Ávila, Presidente da
Comissão Especial para apreciação do II PDDUA; 246/98, do Senhor José Clóvis de
Azevedo, Secretário Municipal de Educação; 2317, 2321, 2323, 2325, 2358, 2359,
2379 e 2382/98, do Senhor Gilberto Mussi, Chefe da Casa Civil Adjunto do
Estado/RS. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador João Dib criticou o Executivo
Municipal pela utilização das “cartas-contrato” para a admissão de servidores,
questionando aspectos legais relativos à adoção de tal sistemática. Ainda,
ressaltou a importância de que os atos do Poder Executivo sejam devidamente
fiscalizados por esta Casa. O Vereador Juarez Pinheiro contraditou as críticas
formuladas pelo Vereador João Dib, no referente à admissão de servidores mediante a utilização de “cartas-contrato”,
ressaltando o caráter excepcional dessa medida e justificando a sua adoção pelo
Executivo Municipal. Também, discorreu a
respeito das funções institucionais delegadas ao Poder Legislativo. O Vereador
Carlos Garcia teceu considerações sobre
o serviço de moto-entrega utilizado por postos de combustíveis desta Capital.
Comentou aspectos da legislação de trânsito ora em vigor, relativos à
habilitação específica de motoristas e à observância de normas de segurança
para o transporte de cargas perigosas, propugnando pela imediata criação de
leis que venham a normatizar este serviço. O Vereador Fernando Záchia
referiu-se à situação das obras iniciadas pelo Executivo Municipal nos
corredores de ônibus da Avenida Assis Brasil, afirmando que as mesmas
encontram-se paradas há mais de dez dias e solicitando providências urgentes a
respeito, a fim de evitar problemas de trânsito e a estagnação do comércio
local. O Vereador Eliseu Sabino manifestou sua preocupação com o fechamento de
posto da Brigada Militar localizado na Vila Brasília, alegando que tal fato
implicou no aumento nos índices de criminalidade na área, defendendo a
intervenção do Governo do Estado e do Comando Geral da Brigada Militar, no
sentido de que tal situação seja revertida. Na oportunidade, o Senhor
Presidente informou a realização, amanhã, de Reunião da Mesa Diretora com o
Colégio de Líderes e, às dez horas e quatro minutos, constatada a inexistência
de "quorum", declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores
Vereadores para a Reunião Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos
foram presididos pelos Vereadores Luiz Braz e Juarez Pinheiro e secretariados
pelos Vereadores Juarez Pinheiro e Fernando Záchia, este como Secretário
"ad hoc". Do que eu, Juarez Pinheiro, 1º Secretário, determinei fosse
lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será
assinada por mim e pelo Senhor Presidente.
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz):
O Ver. João Dib está com a palavra para fazer uma Comunicação de Líder
O
SR. JOÃO DIB: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores. Estranha a administração prefeitoral; um tanto
quanto incompetente, um tanto quanto incoerente, dentro das manifestações que
faz a esta Casa em especial.
Tenho mantido aqui debate em
torno da contratação de servidores para a Prefeitura através de carta-contrato.
Ontem mesmo me dirigi ao Tribunal de Contas para que examinasse essa
barbaridade que ocorre no Executivo Municipal. Mas a estranheza da incoerência,
da incompetência se faz em razão de dois Pedidos de Informação que dirigi ao
Prefeito. Obtive resposta de um no dia 16 de julho e, do outro, no dia 3 de
julho. Na resposta do dia 3 de julho o Sr. Prefeito de Porto Alegre pretendia
chamar a atenção deste Vereador, “puxar as orelhas” deste Vereador, dizendo:
“Pedidos de Informação do Legislativo e a ementa da Procuradoria têm necessidade
de identificação do ato administrativo cuja informação é requerida.
Impossibilidade de formulação de pedido genérico que visa a buscar o resultado
do trabalho de um órgão da Administração durante todo um ano. Inviabilidade
jurídica do atendimento de solicitação global, que implica devassa de órgão da
Administração face a independência e harmonia entre os poderes”. Realmente,
está escrito, insculpido, como diriam alguns Vereadores, na Lei Orgânica, a
independência e harmonia entre os poderes, mas também está escrito, com todas
as letras, que ao Legislativo cabe fiscalizar o Executivo, e esta, tenho dito
sempre, é a missão primeira do Vereador: ser fiscal e, depois, fazer leis até,
se necessário for.
Se ele não me respondeu a
todas as cartas-contratos, desde 1º de janeiro de 1997 até 20 de maio, sou
obrigado a pensar que há alguma coisa misteriosa nessas cartas-contratos. Por
que faço essa insinuação de “coisas misteriosas”? É porque em outra ocasião ele
me respondeu, porque eram só vinculados à Saúde, aos outros, deve haver alguma
confusão aí. Mesmo na resposta à Saúde há coisas agressivas, porque se faz aqui
a leitura do Diário Oficial do Município e esse diz que a contratação se faz em
razão da Lei nº 8666, que é a Lei das Licitações, art. 24 e que diz que: (Lê.)
“Em emergência ou calamidade pública”. Portanto, deveriam ser precedidas de
decreto e nunca aconteceu isso. Poder-se-iam fazer contratações por
carta-contrato até 180 dias e, aí, nos editais da Prefeitura diz: “180 dias
improrrogáveis”. Tenho aqui, vou apenas dizer o primeiro nome, Dr. Marco, que,
segundo a informação da Prefeitura, está há 15 meses, e até março, recebendo. E
15 meses, tanto quanto sei, não são 180, mas um pouquinho mais do que 450 dias
e março - creio que abril, maio, junho e julho - ele continuou recebendo. Mas,
não é o único, há uma lista inteira. É incompetente, é incoerente e não fala a
verdade nos seus editais, mesmo quando se trata da Saúde. Em se tratando de
saúde, eu digo saúde e paz. Muito obrigado.
(Não revisto pelo
orador.)
O
SR. PRESIDENTE: O Ver.
Juarez Pinheiro está com a palavra em Comunicação de Líder.
O
SR. JUAREZ PINHEIRO: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores. O Ver. João Dib, reiteradamente, tem colocado
duas questões neste Plenário. A primeira é de que a função principal do
legislador é fiscalizar o Executivo; a segunda, a questão relativa à
contratação por cartas-contratos.
Eu quero, com todo o
respeito e carinho que tenho pelo Ver. João Antônio Dib, discordar parcialmente
das suas colocações. A tese que ele defende, de que o Vereador tem é que cuidar
da fiscalização do Executivo, não é correta.
O Poder Legislativo, ao
longo do tempo, face à hipertrofia do Poder Executivo, tem sido relegado a
questões menores, sem poder fazer o devido regramento da vida social. Eu diria,
Vereador, que é tão importante legislar como é importante o que V. Exa. faz com
grande qualidade: a fiscalização do Poder Executivo. Porém, eu não concordo em
colocar como premissa que a função principal seja apenas fiscalizar. Ao Legislativo
cabe fazer o regramento, é essa a nossa função para que o Executivo, no
exercício da máquina pública, execute os trabalhos que lhe são encarregados com
base na legislação formulada pelo Parlamento. Essa é uma distorção que advém do
período autoritário por que passaram todos os países da América Latina.
A questão das
cartas-contratos que V. Exa. levanta é um debate importante. Eu também não
gosto de cartas-contratos. O acesso à função pública, para que seja um ato
democrático, tem que ser feito pela forma mais adequada, ou seja, por concurso
público, por processo seletivo. Hoje, as cartas-contratos que existem no
Executivo localizam-se unicamente na Secretaria Municipal da Saúde e há um
fundamento, uma base material, que são problemas de hierarquização dos serviços
de Saúde, não no Município, mas no Estado e no País, quando esse setor
importante da vida dos cidadãos não é cuidado devidamente por quem cabe fazer o
ordenamento em nível nacional. Nós, por exemplo, recebemos serviços do Estado
completamente sucatados e nos obrigamos, por conseguinte, nesse período em que
nos adaptamos a essas estruturas - já que não há concurso aberto, e cidadãos
não venham a perder, inclusive, o limite máximo à vida - fazendo contratações
por carta-contrato.
O que eu acho problemático,
Ver. João Dib, é fazer o ingresso na função pública sem o concurso público,
porque a carta-contrato é uma questão excepcional. O funcionário contratado, se
não é concursado, retira-se da função pública. O que é uma distorção na função
pública é o ingresso pela “porta dos fundos”, sem concurso ou, em alguns casos,
receber a estabilidade.
Portanto, quanto a sua
primeira premissa colocada, da função prioritária do Vereador, eu quero
discordar. E, quanto à segunda questão, parcialmente concordar com V. Exa.,
porque é relativo, já que o importante é a permanência, depois, daquele
funcionário, se ele vai onerar, uma vez que já houve o seu ingresso nos cofres
do poder público. Neste caso, quero dizer que, se eu fosse o Prefeito de Porto
Alegre, no caso - e jamais serei -, agiria da mesma forma, porque a vida humana
está acima de qualquer entrave burocrático. Muito obrigado.
(Não revisto
pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE: O Ver.
Carlos Garcia está com a palavra, para uma Comunicação de Líder.
O
SR. CARLOS GARCIA: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores. Já faz alguns dias que nós estamos muito
preocupados com uma situação concreta em Porto Alegre relativa ao atendimento
de tele-entrega de gás por moto. Essa preocupação baseia-se em depoimentos de
pessoas que estiveram em nosso gabinete. Até então, nós já tínhamos visto motos
carregando botijões de gás, mas nunca havíamo-nos detido no fato de que isto
poderia ser uma prática usual na nossa Cidade.
Visitando vários postos,
constatamos que é uma prática usual na nossa Cidade. Começamos, então, a nos
deparar com o perigo que representa este tipo de transporte, tanto para a
pessoa que transporta, como para a população em geral. Nesses últimos dias
fomos buscar a legislação pertinente que trata sobre o assunto. Verificamos uma
Resolução do CONTRAN, de 1985, determinando que todos motoristas que conduzam
veículos para transporte de cargas perigosas deverão possuir um curso de
treinamento relativo a esse tipo de transporte. Além disso, existe outra
Resolução de nº 734, de 1989, no seu artigo 71, que também prevê que as
pessoas, ao se habilitarem a dirigir veículos automotores destinados ao
transporte coletivo de passageiros ou de cargas perigosas, deverão ser
portadores de carteira profissional categoria “E’ e deverão ter mais de vinte e
um anos. Então, são necessários dois requisitos: categoria “E” e possuir curso
específico para aquele tipo de transporte. Uma Resolução, de 1983, também prevê
que todos os veículos de transporte de cargas perigosas devem usar símbolos que
identifiquem as principais caraterísticas dos produtos transportados: rótulo de
risco e painel de segurança. Começamos a verificar, por exemplo, que em nenhuma
dessas motos consta que estão transportando material inflamável e nem possuem
extintor de incêndio adequado.
Nós queremos levantar essa
polêmica em nossa Cidade para que possamos, o quanto antes, disciplinar o uso
desse tipo de transporte para evitar que, em curto espaço de tempo, possamos
ter em nossa Cidade acidente de graves proporções.
A nossa contribuição é que
esta Casa, os trinta e três Vereadores, possam tomar ciência desse assunto e
que possamos construir uma legislação pertinente, a fim de evitar o que está
ocorrendo. Confesso que já tinha visto essas motos transportando esse tipo de
produto, mas não tinha me detido ao fato de que isso poderia ser usual em nossa
Capital. Muito obrigado.
(Não revisto
pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE: O Ver.
Fernando Záchia está com a palavra em Comunicação de Líder.
O
SR. FERNANDO ZÁCHIA: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, na zona Norte da Cidade, especificamente na Av.
Assis Brasil, foi iniciada, há mais ou menos 30 dias, uma obra que faz parte da
continuação do corredor Norte e Nordeste da Cidade, e alterou o trânsito
específico daquela região, mas também o trânsito da Cidade, porque trata-se de
uma Avenida que tem um fluxo muito grande de veículos. Foram obrigados a
interromper o trânsito da Av. Assis Brasil para que pudessem ser feitas as
reformas em parte do corredor de ônibus, desviando o trânsito para as ruas
secundárias, ruas com características extremamente residenciais, ruas com pouco
movimento.
Isso, sem dúvida alguma,
altera o cotidiano da Cidade, altera o cotidiano dos moradores que tinham
facilidade de acesso às suas casas e passam a não ter. Os usuários do
transporte coletivo, que fluíam pela Av. Assis Brasil, passam a ter
dificuldades. Evidente, pois começam a entrar nessas ruas secundárias, nessas
ruas de menor trafegabilidade. Os comerciantes que tinham seus negócios
dependendo desse movimento na Av. Assis Brasil, com a sua interrupção,
evidentemente, passam a ter um abalo comercial. Todos compreendem, todos sabem
que isso é para que haja uma melhora na Avenida, para que haja melhora no
trânsito da Cidade e no trânsito de uma região extremamente crônica, numa
região problemática historicamente.
Mas, o que surpreende os
moradores, os comerciantes, os usuários do transporte coletivo e este Vereador
é que as obras pararam, o trânsito continua sendo desviado para as ruas
menores, o transporte coletivo passa a ser mais lento, porque ele participa
desse desvio; os comerciantes continuam tendo os seus clientes em menor número,
porque há a interrupção da Avenida, e os moradores da região têm o transtorno
daquele desvio. O “Jornal da Cidade”, na semana passada, dizia que os moradores
estavam reclamando da insegurança gerada por esse grande movimento do trânsito.
Mas as obras paradas, e me surpreendi, e fiquei mais estarrecido, Ver. Pedro
Américo Leal, quando, lendo no jornal de ontem, o Secretário Substituto Mauro
Cruz, disse que elas estavam paradas porque choveu em Porto Alegre e as chuvas
tinham prejudicado o andamento da obra. O Secretário, certamente, deve ter se
enganado, porque não seria desonesto, pelo cargo e pela pessoa, que conheço,
pois não choveu em Porto Alegre nos últimos dez dias, choveu somente
sexta-feira à noite, quando, certamente, os funcionários não estariam
trabalhando. A declaração do Secretário foi na terça-feira, sendo que, no
jornal ele declarou antes, na segunda-feira. Disse o Secretário que as obras
estão no cronograma normal, que isto fazia parte do cronograma que não houvesse
uma continuidade do trabalho.
Ora, Secretário, eu não
posso concordar com V. Exa. porque, se há uma interrupção em um tráfego, em uma
via extremamente importante na Cidade de Porto Alegre, há um prejuízo no
quotidiano dos moradores e dos comerciantes da região.
Há uma reclamação, com
inteira razão, dos profissionais do transporte coletivo, motoristas de táxi, de
lotação e de ônibus, porque eles sabem da importância dessa obra, mas eles
reclamam quando vêem essas obras paradas, havendo um prejuízo para toda a
Cidade, e V. Exa. diz que está normal, que está dentro do cronograma, que elas
foram paradas, temporariamente, pelas chuvas que caíram em grande quantidade em
Porto Alegre.
Nós sabemos que não choveu
nesses dias, sabemos que as obras estão paradas. Isso não pode fazer parte de
um cronograma.
Eu perguntaria a V. Exa., se
aqui estivesse: Será que na véspera da eleição esses funcionários não vão estar
trabalhando para que a Cidade esteja lá olhando, “olha, aqui se trabalha, aqui
se faz obras”? E nós, moradores e usuários do transporte coletivo, vamos ficar
três meses esperando que uma obra possa ser realizada em tempo mais razoável
para que o seu partido possa ter o ganho nas eleições estaduais? Muito
obrigado.
(Não revisto
pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE: O Ver.
Eliseu Sabino está com a palavra em Comunicação de Líder.
O
SR. ELISEU SABINO: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, estamos chegando a esta tribuna para manifestar
uma preocupação com relação a um fato que ocorreu há mais ou menos 10 dias na
Vila Brasília, Bairro Petrópolis, mais precisamente na Bom Jesus.
É
com relação a um Posto da Brigada Militar, 11º Batalhão, que por iniciativa não
sei se do Governo ou daquele comando, aquele posto foi fechado. Um posto que
funcionava a mais ou menos 10 anos naquela região e que trazia, de certa forma,
àqueles moradores, especialmente aos moradores daquela vila uma certa
tranqüilidade, pois esse posto foi construído pela comunidade daquela região
através da associação dos moradores da Vila Brasília, um posto que sua
construção se deu através de mutirão, por uma iniciativa daqueles moradores que
reuniram esforços para ali terem alguma segurança. A própria Associação doou terreno,
construiu o prédio, mobiliou, equipou, para contar com a segurança e com a
proteção da Brigada Militar, que efetivamente vinha dando àquela comunidade.
Mas, inexplicavelmente o posto referido foi fechado pelo Comando da Brigada
Militar tendo, inclusive, retirado todo mobiliário e equipamento do seu
interior, sem consulta à comunidade local, muito menos sem qualquer
esclarecimento. Nós fomos procurados por lideranças daquela comunidade, daquele
bairro, especialmente pelas lideranças da Associação, que manifestam
preocupação com relação àquela iniciativa. Nesse ínterim foram registrados
vários assaltos naquela região que nós sabemos que é uma área de muita
insegurança. Imaginem que agora a população está dentro de um quadro de
intranqüilidade. Como disse, vários assaltos se registraram em apenas dias, 5
homicídios dentro daquela região, ficando a Vila Brasília entregue aos
marginais, aos traficantes, assaltantes que se escondem e se misturam junto à
comunidade local. Voltando, então, a reinar naquela região o medo, o terror
entre o povo, aquele povo humilde, trabalhador, honesto que compõe aquela vila.
Então
nós, unidos àquela comunidade da Vila Brasília, esperamos com esta manifestação
e outras que faremos junto ao Governo do Estado, nosso aliado, tentarmos
sensibilizar as autoridades competentes do Estado, através do Sr. Governador,
junto à Brigada Militar para a reabertura imediata do posto do 11º Batalhão
localizado na Vila Brasília. É realmente uma preocupação, nós estamos
encaminhando uma audiência junto ao Sr. Governador, também junto às autoridades
competentes e também queremos de forma amigável, tranqüila, trazer novamente
aos moradores da Vila Brasília a tranqüilidade de termos ali aquele posto da
Brigada Militar, pois vejam, Srs. Vereadores, que em poucos dias o índice de
criminalidade naquela região aumentou, o índice de assaltos e homicídios
aumentou. Não há, realmente, nenhum motivo. Se nós não tivéssemos recebido
essas reclamações, se nada tivesse acontecido com a retirada do posto, o fato de
retirar o equipamento todo que a comunidade se mobilizou para ali colocar e
fazer e não tivesse sido abalada pela ausência da segurança da Brigada Militar,
não haveria razões de estarmos aqui. Nós temos toda a comunidade interessada e
preocupada com essa situação, portanto, pedimos providências das autoridades
competentes, através do Governador e do Comando da Brigada Militar, que revejam
essa situação. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Não há quórum para entrarmos na Ordem do
Dia. Avisamos aos Srs. Vereadores que amanhã, logo após a Comissão
Representativa haverá reunião da Mesa e das Lideranças.
Estão
encerrados os trabalhos da presente Reunião.
(Encerra-se a Reunião às 10h04min.)
* * * * *